hoje o meu retrato...
A lucidez presente e inquieta de um
passado guardado, pertença unicamente a mim, transparece hoje, no meu retrato. O
apoquento de criança, acautelado numa memória reservada , sobrevém cheio de
poder . Poder, decifrado através de símbolos.
O retrato desse passado, exige algum afastamento e simultaneamente
aproximação, pela sua existência . O reencontro, com a caligrafia infantil e a
fotografia a preto e branco do brinquedo, findam com o emoldurar de uma imagem.
Quando o mesmo
corpo, se senta, novamente na carteira da escola primária, as imagens de um
passado, regressam, emergindo num bloco uniforme.